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segunda-feira, 12 de março de 2012

A teoria do sol.

Há muito tempo circulam informações – muito antes do advento da internet – sobre uma data específica para o fim do mundo. Muitos povos têm na sua mitologia histórias sobre a criação e destruição do mundo. O livro do Apocalipse, que faz parte da Bíblia, é um desses exemplos. As profecias de Nostradamus, que muito foram lembradas na virada do século passado, também faziam previsões de que no ano de 1999 uma grande guerra poderia destruir a humanidade.
O cinema também costuma explorar esse tipo de história, principalmente porque estimula o imaginário popular em relação a situações que podem ser aterradoras. Um exemplo ocorrido alguns anos atrás foi a série de filmes O Exterminador do Futuro, segundo a qual no dia 27 de agosto de 1997 as máquinas se rebelariam contra o homem e provocariam um holocausto nuclear.
Atualmente, com a estreia do filme 2012, esse tema voltou à tona. Nesse filme, o fim do mundo aconteceria no dia 21 de dezembro de 2012, em concordância com o fato de o calendário maia terminar nesse dia. Eventos ocorridos no Sol levariam a grandes catástrofes naturais e provocariam a inundação e a destruição de grandes cidades, inclusive o Rio de Janeiro. Embora ainda não tenha assistido ao filme – apenas li algumas sinopses –, gostaria de fazer alguns comentários sobre um possível fim do mundo, já que há uma grande propaganda em torno de 2012.
O poder do SolDe fato, em determinado momento, a Terra deixará de existir. Como se sabe, o nosso sistema solar foi formado há cerca de 4,6 bilhões de anos. Juntamente com os planetas e outros corpos celestes, formou-se o Sol. Este, assim como as demais estrelas, recorre ao processo de fusão nuclear para produzir a energia que permite a sua existência.
O Sol tem massa de cerca de 1031 kg (1 seguido de 31 zeros) e é composto basicamente por hidrogênio e hélio (os elementos mais abundantes do universo). No núcleo do Sol, as temperaturas são muito altas, da ordem de milhões de graus centígrados. Isso faz com que os átomos desses elementos estejam totalmente ionizados, o que significa que a matéria está no estado de plasma. Nessa situação, os elétrons que estão ao redor do núcleo do átomo são arrancados das suas órbitas e sobra somente o “caroço” positivo. Essa condição de altíssimas temperaturas faz comque os núcleos desses átomos tenham uma alta energia de movimento (energia cinética) e colidam a todo instante.
Como os núcleos atômicos têm cargas elétricas positivas, sua aproximação gera uma força elétrica repulsiva (cargas de mesmo sinal se repelem). Mas a alta temperatura deixa esses núcleos atômicos com muita energia cinética, suficiente para vencer a força de repulsão elétrica que existe entre os prótons e permitir que outra força fundamental da natureza entre em ação: a força nuclear forte. Essa força, que é atrativa, tem cerca de 200 vezes mais intensidade que a força eletromagnética que mantém os elétrons ao redor do núcleo atômico.
Quando quatro átomos de hidrogênio colidem, eles se transformam em um átomo de hélio. Nessa reação, dois prótons (que são núcleos dos átomos de hidrogênio) se transformam em dois nêutrons e ocorre também a emissão de duas partículas comcarga positivas – os pósitrons.

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